sexta-feira, 2 de maio de 2014

Tecido Conjuntivo Propriamente Dito

ESCORBUTO

       O escorbuto é uma doença causada por falta de vitamina C. O escorbuto tornou-se uma doença clássica de marinheiros no final da Idade Média, que passavam longos períodos em alto mar e comum nos indivíduos e nas comunidades,onde a alimentação é desprovida de frutas e verduras.Um médico britânico Dr. James Lind descobriu que o escorbuto era uma deficiência nutricional ,por falta de vitamina C encontrada no limão e na laranja.O ácido ascórbico age na síntese do colágeno, que é uma proteína formadora de fibras que envolve os tecidos do corpo humano. A síntese do colágeno, proteína que aderem as células umas nas outras e que responde pela qualidade e resistência dos tecidos conjuntivos responsáveis pela estrutura. A carência de vitamina C é a principal responsável pela deficiência de colágeno e é a principal causa da ineficiência do processo de regeneração dos tecidos conjuntivos. Com a degeneração das fibras, ocorrem os afinamentos e os enfraquecimentos, correndo um risco de rompimento nos tecidos.




Causa do escorbuto

        A causa do escorbuto é a falta de vitamina C no organismo. A falta desta vitamina prejudica a formação de colágeno, que sustenta a pele, ligamentos e cartilagens, e de sulfato de condroitina, que juntos geram os sinais e sintomas típicos da doença. O escobuto de rebote pode ocorrer quando o indivíduo toma doses excessivas de vitamina C e depois pára repentinamente.

Sintomas

      As manifestações clínicas iniciais da hipovitaminose C são a fadiga, perda de apetite, sonolência, palidez, tonteiras, anorexia, alterações cutâneas, dificuldades no processo de cicatrização e falta de energia nos membros e articulações, irritabilidade, deformidade dentárias, cicatrização lenta de pequenos ferimentos e presença de pequenas hemorragias. Podem causar infecções e morte . Já a deficiência grave de ácido ascórbico leva ao escorbuto.



Diagnóstico de escorbuto
       O diagnóstico do escorbuto é feito após examinar o indivíduo e rever hábitos alimentares. Pode-se comprovar a doença ao observar ao raio-x sinais como osteoporose generalizada, linha escorbútica ou de Fraenkel, sinal do halo ou do anel de Wimberger e zona de trummerfeld. Rosário costal e esporão de Pelkan também podem indicar o escorbuto.

Tratamento

       Dieta rica em vitamina C, casos mais graves medicamentos com alta concentração de vitamina C.
O tratamento para escorbuto é feito com a suplementação de 300 a 500 mg de vitamina C por dia.
       Um bom tratamento caseiro para o escorbuto é aumento da ingestão de alimentos fonte de vitamina C como acerola, morango, abacaxi, laranja, limão, aipo, pimentão vermelho e outros. Recomenda-se tomar de 90 a 120ml de suco de laranja ou de tomate maduro acabados de fazer, todos os dias, por vários meses.

ESCLEROSE SISTÊMICA

A Esclerose sistêmica é uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo, caracterizada por fibrose que acomete tanto a pele quantos as vísceras, geralmente progressivo, definido por uma endarterite proliferativa generalizada na micro circulação. O acúmulo de tecido conjuntivo produz o espessamento característico da pele, È uma doença que predomina nas mulheres, numa razão de 3 a 14 vezes mais frequentes em mulheres que em homens. Podendo ocorrer em todas as faixas etárias, mas os picos de incidências costuma iniciar entre a terceira e a sexta década da vida.
Existem dois tipos de esclerodermia, localizada e sistêmica, na localizada afeta determinada áreas da pele e outras regiões ,podendo ser regressiva com tratamento dermatológico, e na sistêmica , afeta órgãos e sistemas internos do organismo, como o coração, rins,pulmões e trato gastrointestinal, e são caracterizados por alterações inflamatórias, fibróticas e atróficas .Este espessamento da pele é decorrente a alterações no colágeno,bem como acometimento pulmonar, cardíaco, gastrointestinal.A subdivisão da esclerose sistêmica limitada e difusa está relacionada com a extensão do comprometimento cutâneo, ambas estão associadas aos órgãos internos,mas a limitada apresentar acometimento visceral mas leve que a forma difusa, a esclerose limitada  também conhecida como CREST( Calcinose, Raynaud, Esôfago,  Eclerodactilia, Telangienctasias ).
A esclerose sistêmica ou esclerodermia é uma doença reumática auto-imune, ou seja, o organismo passa a produzir anticorpos que atacam as próprias células da pessoa afetada. Paralelamente à produção desses anticorpos acontece uma produção exagerada de tecidos fibrosos. Ocorrem também alterações dos vasos sangüíneos, principalmente nos capilares, que levam a um déficit crônic
o de oxigênio e nutrientes nos tecidos.
A esclerose sistêmica não é uma doença transmissível pelo contado e também não há evidências de transmissão de pais para filhos. É extremamente importante que o paciente e seus familiares sejam muito bem informados a respeito de todos os aspectos da doença, para que todos os cuidados relativos ao tratamento e à reabilitação sejam seguidos à risca.


Na esclerodermia cutânea difusa, pode ocorrer face em máscara, redução da abertura oral e enrugamento vertical da pele perioral.


Cicatriz digital atrófica com perda da polpa digital e ulcerações dolorosas.



Com a evolução da doença, podem ocorrer contraturas em flexão (principalmente nos dedos das mãos – Fig. 3), em função do espessamento cutâneo, de encurtamentos tendíneos e de alterações intra-articulares. 



Tanto a fibrose quanto as alterações vasculares da esclerose sistêmica podem afetar qualquer órgão do corpo, principalmente a pele, as articulações, o esôfago, os intestinos, os pulmões, os rins e o coração.


A causa da esclerose sistêmica é desconhecida. Algumas pesquisas recentes demostraram que a troca de células entre mãe e feto durante a gestação poderia causar a doença em algumas pessoas. Porém, esse fato não explica a totalidade dos casos.


Os Sintomas 

O Fenômeno de Raynaud costuma ser o primeiro sintoma da doença. Consiste em episódios de palidez e/ou arroxeamento das mãos e eventualmente dos pés, causados pelo frio ou por estresse emocional.
Deve-se salientar que esse é um sintoma muito comum, que acomete até 10% da população, e na maioria dos casos não tem qualquer significado clínico, sendo apenas um distúrbio funcional benigno. Ele pode se apresentar isoladamente por anos, antes que surja qualquer outro sintoma. Esse é o melhor momento para o diagnóstico da doença.
Após um tempo variável do início do Fenômeno de Raynaud, costuma ocorrer inchaço das mãos, dores nas articulações e a pele dos dedos começa a ficar dura e espessa.
O quadro cutâneo pode progredir para os antebraços, pernas e face na forma limitada da Esclerose Sistêmica, ou acometer também o tronco e o abdome na forma difusa.
Em torno de 5% dos pacientes, pode não haver nenhum acontecimento cutâneo, ocorrendo apenas o envolvimento dos órgãos internos.
Outro sintoma freqüente e precoce é a dificuldade de deglutição (causada pelo comprometimento do esôfago), inicialmente para alimentos sólidos e farináceos, e depois também para alimentos pastosos e líquidos. Geralmente, o paciente diz que consegue engolir a comida mas ela "entala" nas porções mais baixas do esôfago.
Outras vezes, ocorre o chamado refluxo gastroesofageano, onde a pessoa refere azia intensa e regurgitação de líquido gástrico para a boca, podendo apresentar também rouquidão e acessos de tosse com sensação de "engasgo".
As alterações pulmonares são muito importantes na Esclerose Sistêmica, apresentando-se em geral como tosse e falta de ar, que podem ser progressivas e devem ser prontamente investigadas e tratadas.

Critério maior: esclerodermia proximal(espessamento,e endurecimento da pele dos dedos e da região proximal, metacarpofalangenas ou metatarsofalangeanas.
Critério menor: Eclerodactilia, úlceras ou microcicatrizantes ou perda de substancias das polpas digitais, fibrose pulmonar bilateral. Embora sejam eficiente estes critérios não detectam a doença no estágio inicial. Portanto é observado pelo o médico evidencias objetivas de fenômeno de Raynaud mais padrão SD (scleroderma) na capilaroscopia Peri ungueal ou auto anticorpos específicos para esclerose.
Tratamento.
Medicamentos
As drogas utilizadas no tratamento de esclerose sistêmica são: Antifibróticos, medicamentos vasoativos, imunossupressores, e estimuladores de motilidade.

Penicilina 125mg por dia em dias alternados, melhora das manifestações cutâneas da Esclerodermia inicial (difusa) quando doença estável
Ciclofosfamida administrar por 6 meses repetir o tratamento conforme evolução química. Redução da progressão da fibrose pulmonar e cutânea.
Nifedipina: na dose de 10 a 20 mg 3 vezes ao dia por via oral, conforme resposta terapêutica. Diminuição das frequência e gravidade de ataques isquêmicos relacionados ao FR
Azatioprina: iniciar com 1 mg/kg/dia, por via oral, aumentando 0,5 mg/kg a cada quatro semanas até atingir o controle da atividade da doença. A dose máxima não deve ultrapassar 3 mg/kg/dia redução da progressão da fibrose pulmonar.
Metoclopramida: administrar 1 comprimido, 3 vezes ao dia, 10 minutos antes das refeições.

Melhora da motilidade esofágica e plenitude gástrica.
Omeprazol: administrar 1 comprimido de 20 mg, administrado uma vez ao dia antes do café da manhã, melhora de refluxo gastroesofágico

As consequência da doenças

A Esclerose Sistêmica é uma doença espectral, pode ocorrer de modo leve e benigno, com alterações orgânicas discretas, ou apresentar-se em graus progressivos de agressividade, onde o acometimento renal e principalmente o pulmonar poderiam ocasionar a morte. A lesão cutânea, além de causar dano estético acentuado, pode levar a graus variáveis de limitação das atividades da vida diária.

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